Vida acadêmica

Sou doutora e mestre em Comunicação na Linha de Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Defendi minha tese em 27 de março de 2025. Agradeço à Capes por financiar minha pesquisa e minha estadia como pesquisadora visitante no LabCom da Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, em Portugal.
(Essa trajetória começou quando fui aprovada no Processo Seletivo 2021 do PPGCOM/UFPR!)

Para mais detalhes sobre minha vida acadêmica confira também meu CV Lattes
http://lattes.cnpq.br/4455154198149806

Atualizado para 2025:

Em minha tese, parto da ideia de que o pensamento computacional — um modo de pensar inspirado na “lógica dos novos teares” — se tornou uma competência essencial para o jornalismo contemporâneo. Esse pensamento, impulsionado pelos avanços em IA, vem transformando práticas, habilidades e até mesmo o papel do jornalista em meio a pressões por eficiência, automação e dataficação.

Minha pesquisa buscou entender em que medida o uso da IA no jornalismo transforma as competências dos profissionais, com base em três hipóteses:

  1. O pensamento computacional pode ajudar jornalistas a enfrentar os desafios da comunicação no século XXI.
  2. Por outro lado, pode reduzir a atividade jornalística a tarefas técnicas, como checagem de fatos.
  3. E ainda, pode provocar uma tensão entre técnica e humanidade, redefinindo ou até substituindo o papel do jornalista.

A pesquisa combina revisão de literatura, survey com jornalistas, análise documental e entrevistas em profundidade. Os resultados apontam para a emergência de novos perfis profissionais no jornalismo, como o especialista em prompts, o curador de dados e algoritmos, o auditor de precisão e o editor de IA.

Comecei a estudar também conteúdos relacionados à Inteligência Artificial, Machine Learning, mineração de dados e ferramentas de programação (Python).

Se quiser saber um pouco mais sobre esse tema, sugiro estas leituras:

ANDERSON, Christopher W. Notes towards an analysis of computational journalism. 2011 Série de artigos de discussão HIIG nº 2012-1.

AZZELLINI, Érica Camillo; PESCHANSKI, João Alexandre; DA PAIXÃO, Fernando Jorge. As potencialidades de narrativas estruturadas para o Jornalismo Computacional: competências jornalísticas na elaboração de textos gerados com bancos de dados. Texto Livre: Linguagem e Tecnologia, v. 12, n. 1, p. 138-152, 2019.

AZZELLINI, Érica Camillo. O conceito de Jornalismo Computacional ante as potencialidades das narrativas estruturadas. In: 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2018, Joinville, Anais, INTERCOM.

DIAKOPOULOS, Nicholas. Automating the news: how algorithms are rewriting the media. Cambrigde: Harvard University Press, 2019.

HAMILTON, James T.; TURNER, Fred. Accountability Through Algorithm: Developing the Field of Computational Journalism. Report from Developing the Field of Computational Journalism. Center for Advanced Study in the Behavioral Sciences Summer Workshop, 27-31 July, 2009.

HOLOVATY Adrian. Disponível em: https://www.holovaty.com/. Acesso em: 30 maio 2023.

LATAR, Noam Lemelshtrich. Robot journalism: can human journalism survive?/ by Noam Lemelshtrich Latar, Interdisciplinary Center Herzliya, Israel. New Jersey: World Scientific, 2018.

LIMA JUNIOR, Walter Teixeira.  O ensino do Jornalismo cibernético nas bases conceituais de Juarez Bahia. Ensino do Jornalismo, v. 1, n. 12, p. 23-37, dez. de 2020.

_______________. Jornalismo computacional em função da “Era do Big Data”. Líbero, v. 14, n. 28, p. 45-52, dez. de 2011.

LINDÉN, Carl-Gustav. Algoritmos para jornalismo: o futuro da produção de notícias. Líbero, v. 21, n. 41, p. 5-27, 2018. 

LU, James J.; FLETCHER, Georg. Thinking about Computational Thinking, SIGCSE 2009, Chattanooga, p. 260-264, 2009.

MARCONI, Francesco. Newsmakers: artificial intelligence and the future of journalism. Columbia University Press: New York, 2020.

MEYER, Philip. Precision Journalism: A Reporter’s Introduction to Social Science Methods. 4 ed. Lanham: Rowman & Littlefield Publishers, Inc., 2002.

MOROZOV, Evgeny. Big Tech. A ascensão dos dados e a morte da política. Tradução: Claudio Marcones. Ubu Editora LTDA-ME, 2018.

NAPOLI, P. M. Automated media: An institutional theory perspective on algorithmic media production and consumption. Communication Theory, v. 24, n.3, p. 340-360, 2014.

NEVEU, Erik. As notícias sem jornalistas: uma ameaça real ou uma história de terror? Brazilian Journalism Research, v. 6, n. 1, p. 29-57, 2010.

NILES, Robert. The programmer as journalist: a Q&A with Adrian Holovaty. Online Journalism Review, June 5, 2006. Disponível em: https://www.ojr.org/the-programmer-as-journalist-a-qa-with-adrian-holovaty/. Acesso em: 08 nov. 2022.

O’NEIL, Cathy. Algoritmos de destruição em massa: como o Big Data aumenta a desigualdade e ameaça a democracia. Trad. Rafael Abraham. 1. ed. Santo André: Editora Rua do Sabão, 2020.

PEARSON, Kim. How computational thinking is changing journalism & what’s next. 2009. Disponível em: https://www.wired.com/2009/05/how-computational-thinking-is-changing-journalism-whats-next/. Acesso em: 13 maio 2023.

SANTOS, Márcio Carneiro dos. Narrativas automatizadas e a geração de textos jornalísticos: a estrutura de organização do lead traduzida em código. Brazilian Journalism Research, v. 12, n. 1, p. 160-185, 2016.

STAVELIN, Erick. Computational Journalism: When journalism meets programming. 2013. 107 f. Doctoral thesis (PHD Philosophiae) – Department of Information Science and Media Studies, University of Bergen, Bergen, 2013.

THURMAN, Neil. Sensing, Synthesising, and Serving News in an Age of Automation. In: MESSNER, Dirk; MEYER, Lutz; MAIR, Stefan (Eds.) Germany and the World 2030. Berlin: Econ, 2018, p. 258-260.

TRIELLI, Daniel; DIAKOPOULOS, Nicholas. How Journalists Can Systematically Critique Algorithms. In: Computation + Journalism Symposium 2020. ACM, New York, NY, USA, 2020.